Houve um tempo o qual os preços das coisas eram justos. Mas esse tempo já passou. Se você acha que o valor dos jogos estavam caros antes, se prepara para o que vem por aí, porque a Electronic Arts (EA Games) junto com a Lucas Arts nos trouxe um novo conceito de sacanagem com o consumidor.
Quando comprei meu Playstation 4 ano passado, consegui pagar um preço bom comparado com o que ele está valendo hoje em dia. O que era R$ 1,200 passou a custar mais de R$ 2,000 em um único ano devido ao aumento do dólar, que já chegou a duplicar nesse curto período de tempo. Mesmo com a Sony vindo para o Brasil e fabricando os novos consoles aqui, o preço ainda ficou mais alto do que o importado, resultando em um valor que não faz sentido nenhum. No entanto, o que eu quero falar agora é sobre o valor dos jogos.
Todo mundo dizia que o motivo para as empresas de jogos cobrarem tanto era devido a pirataria, que supostamente estaria destruindo o mercado de games e fazendo empresas falirem, mesmo com a tão famosa Steam vendendo jogos digitais originais por preços exorbitantemente mais baratos que a mídia física e fazendo um tremendo sucesso, já que as empresas não precisam nem gastar para fazer e enviar o produto. No entanto, para não desvalorizar a mídia física, alguém teve a brilhante ideia de fazer o preço dos jogos digitais custarem o mesmo valor do físico, fazendo com que jogos recém lançados custassem 200 reais em serviços como a PS Store, da Playstation. No entanto, esse valor era ano passado. O que já achávamos um preço alto veio a chegar na marca dos 300 reais o qual está sendo vendido atualmente o tão aguardado Star Wars: Battlefront, que além de já ter um preço abusivo, terá um season pass com conteúdo adicional de 50 dólares, equivalente a R$ 153,50 na PSN e R$ 200 na Xbox Live.
Você não leu errado. É exatamente isso.
Chegamos ao ponto em que um simples jogo com conteúdo faltando e que será cobrado posteriormente, está na marca de QUINHENTOS REAIS para quem quiser jogar. E não, o console não vem de brinde.
Sempre tem aquele que chega dizendo "ah, mas se converter o valor pra reais da isso mesmo". Meu, caro, primeiro que o salário mínimo de um norte-americano é muito maior que o de um brasileiro. Segundo, os valores deles não se baseiam no real. Se pra eles algo custa 50, é como se custasse o mesmo tanto aqui. Ou seja, se você compra um jogo valendo 300 reais no Brasil, é como se valesse 300 dólares se você desconsiderar a valorização. O que, é claro, todo mundo acharia um absurdo sem igual (principalmente por se tratar de um jogo), já que comprando dois jogos com o season pass eu consigo juntar o valor de uma moto aqui nesse país tropical.
Não importa se tem valorização do dólar, não existe nenhum argumento que consiga convencer que um jogo digital, o qual não teve NENHUM custo de produção da mídia física, tenha um valor tão absurdamente alto, sendo que praticamente todo fã da saga de Star Wars tem vontade de comprar. E se você está conformado com os 500 reais que estão tentando socar goela abaixo, proponho que gaste seu salário inteiro com isso. Ajude as empresas a se alimentarem de nosso dinheiro descaradamente, para que todos decidam cobrar o mesmo preço por meios-jogos que te farão gastar ainda mais até que não sobre nem um centavo para comprar comida. Porque só assim talvez eles sintam pena de nossas pobres almas e diminuam pelo menos um pouco o valor, para que possamos comprar uma marmita no almoço.
Sendo 200, 300 ou 500, esse preço é estúpido o suficiente ao ponto de influenciar ainda mais a pirataria ao invés de acabar com ela. Afinal, se o valor realmente fizesse sentido, os jogos tiple A vendidos na Steam, Origin e outras empresas não estariam custando menos de 10 reais.
Já estou comprando minha perna de pau, meu tapa-olho, minha cimitarra e meu papagaio. A partir de hoje serei uma pirata. Viva a pirataria, viva aos jogos de PS2 que você compra 3 por R$10,00.
ResponderExcluir