quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Quinta Tarantinesca #03 - Pulp Fiction! - Pt.01


 Bom dia, boa tarde, boa noite, Taverneiros! Bem-vindos a mais uma Quinta Tarantinesca, e hoje com o grande estopim na carreira de Tarantino, o queridíssimo, fabuloso e violento (polpa de ficção) Pulp Fiction!


  Os créditos ainda não haviam terminado de desfilar pela tela grande, quando já se ouvia o burburinho do público que assistia a primeira exibição pública de Pulp Fiction, no Festival de Cannes. Dias depois, Quentin Tarantino recebia a Palma de Ouro, prêmio máximo da noite, e que, segundo o próprio, ainda hoje é o mais importante de sua carreira.


   Duas décadas e sete longas depois, basta uma olhada rápida na obra de Tarantino para perceber os traços e estilo único do criador em cada novo filme, algo digno de grandes diretores, como Federico Fellini e Ingmar Bergman.
   Pulp Fiction chega aos 20 anos visto e revisto por milhões de pessoas ao redor do mundo e continua apontado como atual, inventivo e impactante. Mas o que faz com que sua narrativa costurada por três tramas principais e cronologicamente embaralhadas mereça todo esse reconhecimento?

   "Qualquer tentativa de avaliação de Pulp Fiction deixaria algo pendente. Uma das marcas deste longa é a narrativa desenvolvida em três histórias paralelas." Kitta Tonetto, escolhida para receber o Troféu Sérgio Assis Brasil em 2013.

   E gente, é verdade, dá pra dizer que isso já existia no cinema, mas Tarantino conseguiu colocar de maneira inteligente e, nem por isso, exigiu mais de nós espectadores. Suas obras estão cheias de referências e não seria diferente em Pulp Fiction. Podemos encontrar menções aos quadrinhos, a cultura pop e tantos outros que renderiam um texto a parte. Um fator importante do filme "indie" de Tarantino foi a abertura do mercado para novos diretores, como Robert Rodriguez (Sin City, 2005), Guy Ritchie [(Snatch, 2000)PORCOS E DIAMANTES MODAFOCA], Tom Tykwer (Corra Lola Corra, 1998), entre tantos outros talentos que se tornaram conhecidos hoje." Lucas Over Excited Mode Activated.


   "Quando assisti Pulp Fiction pela primeira vez, eu era só um moleque que ajudava meu pai na locadora de vídeo em Restinga Seca. Tinha o costume de separar os filmes que achava legal, para poder assistir primeiro. Quando peguei a fita VHS do Pulp Fiction na mão, foi amor à primeira vista. A capa com a belíssima Uma Thurman me olhando diretamente nos olhos tornou impossível não se apaixonar. Na época, não entendi muita coisa da história. O filme não seguia uma ordem lógica. Meu pai não gostou, mas eu nutri uma incrível simpatia. A primeira cena, quando o casal de ladrões inicia um assalto numa cafeteria, e na sequência entra o som rasgando com Misirlou do Dick Dale é de arrepiar. A trilha sonora é maravilhosa e a cena do concurso de twist, quando Vincent Vega e Mia Wallace dançam ao som de You Never Can Tell, do mestre Chuck Berry é clássica. Na minha humilde opinião, o melhor filme do Tarantino." Fabrício Koltermann, o realizador audiovisual e vencedor de diversos prêmios por seus curtas, entre eles, A História de Antemar Manuzo (2008)


    Muitos podem sentir um certo estranhamento ou até achar confuso a narrativa do filme, devido a cenas distintas de personagens que vão se encaixando nessa grande peça que é o filme. Mas como explica Rodrigo Marques de Bem, estudante de Jornalismo e um dos responsáveis pelo ciclo especial dedicado à obra de Tarantino:
   "Não é exagero algum considerar Pulp Fiction como a principal obra de Quentin Tarantino. Nesta trama, feita de um mosaico de histórias e composta por uma narrativa não-linear, aliás, característica marcante nos trabalhos de Tarantino, há personagens complexos e muito bem construídos. O elenco escolhido pelo diretor para estrelar o filme reúne e lança grandes nomes do cinema, como Samuel L. Jackson, John Travolta, Bruce Willis e Uma Thurman, o que dá um toque especial ao longa. A mistura de tiros, palavrões e sangue encontrada na obra é outra característica marcante. Pulp Fiction é um ícone da cultura pop dos anos 90, e não considerá-lo como um filme relevante para a história do cinema é, sem dúvida, cometer um pecado contra a sétima arte", 

Ainda não te convenceu? Veja o trailer abaixo,
I DARE YOU, I DOUBLE DARE YOU!!! 


"Mas é só isso por hoje? Kd a análise dessa jabirosca?"
Calma, Jão. Se ainda não conferiu os posts anteriores, confira as duas partes de Reservoir Dogs (Cães de Aluguel) clicando AQUI


   Hoje foi só um aperitivo, ainda há muito a ser dito sobre essa obra da sétima arte, semana que vem faremos nossa analise e diremos tudo o que você quer saber sobre esse filmão. Agora, você que ainda não viu, feche essa aba e vá assistir o filme modafoca!

2 comentários:

  1. Quem não viu esse filme, merece ter os miolos esmigalhados com um tiro. Estou esperando a segunda parte da postagem.
    Com relação ao filme: "Man, I don't even have an opinion."
    Mentira, esse filme é do balacobaco.


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    1. Que isso, Caroline. Miolos esmigalhados dão muito trabalho pra limpar do carro. Imagina o trabalho que o Wolf teria pra resolver isso! :D

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