quinta-feira, 30 de abril de 2015

Quinta Tarantinesca #11 - Um Drink no Inferno (pt.01)

  Bom dia, boa tarde, boa noite, meus queridos Taverneiros. Hoje é aquele dia especialíssimo da semana em que eu posto sobre pés, queixos, e sanguinho. Sim, hoje é dia de Quinta Tarantinesca!
  Hoje falaremos de não um filme dirigido pelo nosso queixudinho preferido, mas sim um de seus primeiros roteiros (1996) que o levaram ao sucesso. Também fazendo parte do projeto Grindhouse, hoje falaremos de From Dusk Till Dawn (Um Drink no Inferno ) dirigido por ninguém menos que Robert Rodriguez.

  [AVISO DE SPOILER:  Escrever sobre um drink no inferno sem revelar partes importantes da trama é uma tarefa impossível, então, novamente, essa semana teremos os dois posts lotadassos de spoilers. Então se você não assistiu ainda, corre lá meninada!]


   Um Drink no Inferno é uma obra peculiar. Na verdade, é até possível dizer que são dois filmes diferentes costurados em um só. Também é perfeitamente possível adorar uma parte, e detestar a outra (como é o caso do que vos fala), amar tudo, ou também detestar tudo. Mas a princípio, o mesmo poderia ser dito de bras incontestáveis, como o clássico Psicose, de Hitchcock;. A comparação é óbvia e ela nunca saiu da minha pauta mental desde a primeira vez que eu assisti o protegidinho de Tarantino.
   Psicose é um filme que em seus primeiros 40 minutos iniciais, trata exclusivamente do furto de dinheiro pela secretária Marion Crane, e a sua viagem do Arizona para a Califórnia para encontrar-se com Sam Loomis. Acontece que no meio do caminho, ela para em um motel e todos nós sabemos o que acontece, não é mesmo?


   Um Drink No Inferno, guardadas as devidas proporções (não, eu não comparei Rodriguez com Hitchcock, né gente, porfa), o filme funciona senão da mesma, de uma maneira muito parecida. Em exatos uma hora de projeção, o que vemos é a fuga dos irmãos Seth e Richie pelo Texas, com tiroteios, incêndios, sequestros, estupros e os diálogos entre irmãos que eu nunca vou conseguir esquecer. É literalmente um Road Movie protagonizado por Ladrões e Assassinos.
  Tarantino vive Richie, apesar de Seth ser um ladrão e assassino, perto de Richie ele é o “mocinho”, já que seu irmão mais novo é um pervertido paranoico (Fetiche por pés retorna aqui) que tem prazer em estuprar, mutilar e matar. O nervosismo que Richie gera nas cenas é incrivelmente bem construído no roteiro, especialmente sua interações libidinosas (e bota libidinosas nisso!)  com Kate. E, quando já estamos meio acostumados com as loucuras que nós fomos obrigados a testemunhar, Tarantino desce mais um degrau (eu diria que desce mais alguns andares, até o centro do planeta) e nos apresenta o surreal, mágico e abençoado bar, o Titty Twister.
  Se alguém tem dúvidas que estamos vendo um “legítimo Tarantino”, a cena inicial, antes dos créditos, logo dissipa a questão.

(Particularmente, essa é a minha cena preferida do filme.)
                                  
  Nessa conversa, podemos ver que Tarantino e Rodriguez conseguiram criar um universo completamente novo, dando-nos uma dimensão de que o filme que vemos se passa dentro de um mundo maior, e não confinado à situação que está ali, passando na televisão. É sem dúvida, o momento mais Tarantinesco do filme, ainda que várias conversas posteriores mantenham a essência e a loucura da mente de Tarantino. (quanto Tarantino num parágrafo só)


   A direção que (Betinho Rodrigo) Robert Rodriguez faz é uma das melhores de sua carreira. Segura, sem muitas invencionices ou próteses de metralhadoras, com uma direção de arte que emula eficientemente o espírito do tipo de filme que ele homenageia. O Maior destaque vai para sua montagem, que não nos deixa perder o ritmo e nos ajuda a aceitar a transição de um gênero para outro.
   A escalação é tão boa que dá arrepios. Clooney, (o Ocean) em seu primeiro papel de destaque em um longa-metragem, funciona bem como o homem atormentado pelo fato que precisa proteger seu irmão a todo custo. Ainda que isso só tenha retornos negativos. Harvey Keitel, com a serenidade de Mr. Wolf e Mr. White, nos convence que foi um pastor, que com a morte de sua esposa, perdeu a fé. Lewis, apesar de nunca ter sido uma atriz de peso, transita muito bem entre os dois universos, o de garota aparentemente pudica, quanto o de mulher que sente forte atração pelo perigo (e que perigo!). E Tarantino, claro, como mencionado, faz o seu maluco habitual, que nesse caso, chega a dar nojinho.


  Quem viu o filme sabe que tá faltando alguma coisa nessa análise. Isso mesmo, ainda não comentei da segunda hora do filme. Por isso mesmo, você que ainda não viu e se atreveu a ler spoilers, vá agora assistir esse filmão (disponível na Netflix). E na semana que vem, pode voltar com o cérebro num prato que falaremos  da segunda parte tão aclamada e odiada desse filme!

   - Lucas

Dica de Filme: Clube da Luta (e comentários sobre a ditadura no Paraná)


   Clube da Luta (1999) teve a direção de David Fincher, com roteiro de Jim Uhls adaptado do romance escrito por Chuck Palahniuk, e participação de Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham nos papéis principais.
   No filme o narrador (Edward Norton) em nenhum momento do filme conta seu nome. Isso vem devido ao fato de que enquanto ele vivia sua vida cheia de regras, trabalhando para conseguir dinheiro para comprar bens que nem mesmo precisava, ele não tinha identidade, era apenas um ninguém. Porém, um dia em uma viagem de avião ele encontra um estranho que é totalmente o contrário dele, alguém que sempre quis ser. Eles trocam números e um dia quando a casa do protagonista pega fogo, ele liga para esse estranho, Tyler Durden (Brad Pitt) e pede um lugar para dormir. A partir desse momento que ele começam a conviver juntos em uma casa abandonada e se tornam melhores amigos.


   É com Tyler que somos apresentados à filosofia da igualdade (ou crítica à sociedade / ou anarquia, se preferir). Após um dia em que os dois personagens saem do bar bêbados, eles começam um tipo de prática a qual eles lutam de igual para igual com as mãos nuas como forma de liberar toda a frustração e rancor que o protagonista tinha guardado durante esse tempo no trabalho. A partir daí outras pessoas começam a se interessar e é aí que se cria o Clube da Luta, um lugar onde ninguém tem nenhum título. Um lugar onde ninguém tem posse nenhuma, nem leva nenhum bem material consigo. Um lugar onde funcionário pode tirar suas diferenças com seu chefe usando os punhos e saírem amigos no final. Um lugar de revolução.


   É nesse contexto que quero entrar com a situação atual do Estado em que vivo, o grande Paraná. Todos sabemos que o Brasil está passando por uma crise gigantesca que permanece escondida atrás de novelas e jogos de futebol na TV, não tendo nenhum destaque nos jornais. Mas para todos aqueles que abraçaram a tecnologia e as redes sociais, sabe que a situação está crítica. Não é apenas aqui em minha terra que estamos tendo manifestações e muita gente insatisfeita com o rumo que as coisas estão indo. Mas é fato que os ocorridos nessa semana na capital, Curitiba, foram repercutidas até mesmo na mídia internacional e o povo está começando a abrir os olhos.
   O que ocorreu foi que o governador juntamente com o apoio dos deputados estava querendo aprovar um projeto de lei que o permitia meter a mão na previdência do Paraná mesmo a lei anterior abolindo essa prática, que viria a afetar todos os setores públicos e principalmente a educação deste estado que vêm sendo deixada de lado e desrespeitada pelo atual governador. Para saber mais sobre o assunto detalhado, confira AQUI.


   Onde quero chegar é que principal assunto trabalhado no filme se aplica também à nossa realidade. No Clube da Luta pudemos acompanhar enquanto Tyler e o protagonista conquistavam cada vez mais gente enquanto a notícia do clube ia aumentando. Logo essa notícia alcançou todo o país, provando que mesmo com a regra número um "nunca fale do Clube da Luta", o povo apoiava a ideia de que todos são iguais se descartarem seus bens tratarem um ao outro com respeito. Mas não é só isso, as pessoas que participavam do clube não se tratavam de chefes de multinacionais, eles eram todos pessoas comuns, um carteiro que você conhece, um policial da esquina, ou até mesmo o açougueiro. É aí que o filme prova que mesmo os trabalhos menos reconhecidos, quando param de funcionar e saem para reivindicar seus direitos, eles constroem uma força poderosa o suficiente para derrubar qualquer milionário ou político que tem a sensação equivocada de que está acima dos outros.
   E isso serve de exemplo para a situação que os professores passaram essa semana, com a demonstração de nosso governador que acha que é o rei dessas terras e estabeleceu uma ditadura militar fora da votação da lei, impedindo que o povo tivesse alguma participação e atacando eles com um batalhão extremamente exagerado o qual ele tirou de cidades vizinhas, impedindo-os de servir às suas respectivas cidades e os forçando a enfrentar professores indefesos.


   Chega de ficar parado. Chega de calar a boca e ficar esperando que nossos regentes tenham uma súbita mudança de caráter e apoie o povo. O Estado foi feito para trabalhar PELO povo, não CONTRA o povo. Se todos nós apoiarmos essa luta, não tem engravatado que possa lutar contra nossa força de vontade.

Aquele objeto que marcou toda uma época

As crianças de hoje nunca vão saber o quanto era terrível ter um espaço
tão limitado de saves pra tantos jogos...

120 anos de cinema em 7 minutos


   Já fazem 120 anos que o primeiro filme foi exibido em público. Embora seja um período muito pequeno comparado com as outras artes, é uma das que mais evoluiu pra se tornar essa gigantesca indústria cinematográfica que nos trás tantas emoções e paixão pelas tramas e encenações feitas por gente talentosa e que ama o que faz.
   Joris Faucon Grimaud em seu canal do youtube decidiu então fazer uma homenagem à esse momento reunindo mais de 300 filmes em apenas 7 minutos de vídeo mostrando toda a evolução que ocorreu durante esse curto e memorável período. O resultado não foi nada menos que maravilhoso.
   Confira abaixo:

Simplesmente lindo! :)

Melhores cosplays da C2E2 2015

Essa santa ceia do Homem-Aranha ficou foda!

A evolução do Alien

Sempre tem um piá pançudo que leva um alien
pra dentro da nave lotada de passageiros

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Jovem Nerd desvendando os mistérios do trailer de Star Wars


   Sabe aqueles detalhes minúsculos e quase imperceptíveis que você perdeu assistindo o novo trailer de Star Wars: The Force Awakens? Não precisa se preocupar, pois o pessoal do Jovem Nerd que é fera no assunto fez um vídeo analisando todo o trailer e desmembrando todas as suas dúvidas. Confere aí:


Detalhe despercebido: A pessoa por trás da máscara do
stormtrooper cromado é ninguém menos que ela, Gwendoline Christie,
a Brienne de Tarth de Game of Thrones:
:D

Como fazer sua passada de fax ficar mais divertida


   Se você está querendo mais ação, aventura e drama na hora de passar aquele fax nervoso, não se preocupe cidadão! O AWE.me mostra passo a passo como fazer sua simples privada castigada se tornar o trono de ferro da série Game of Thrones. Confere aí:

Agora sim!

Miley Joker

Desafio impossível


Imagem ilustrativa:
E... sim, a imagem é oficial.

Harrison Ford fica impressionado com truque de mágica

   O mágico ilusionista David Blaine conseguiu impressionar até o grande Harrison Ford essa semana no programa Real or Magic, fazendo o ator soltar um sincero "get the fuck out of my house!" (saia já da minha casa!) quando foi surpreendido pelo final do truque. Confira abaixo:

Tenso! HUEHUHAHhae..

Todos os capacetes troopers

terça-feira, 28 de abril de 2015

O maior vilão de todos os tempos, o Coringa!

   E já que o assunto sobre o Coringa está tão recente, que tal conferir umas curiosidades sobre esse vilão tão incrível e icônico com o pessoal do OmeleTV? Confere aí!

Alguns homens só querem ver o mundo pegar fogo...

Steam finalmente tira o sistema de MODs pagos


   No final da semana passada a internet ficou enlouquecida, com sangue nos zóio, sedenta por sangue, todo mundo atrás da cabeça de quem teve a brilhante ideia de lançar um sistema onde os criadores de mods compatíveis com o jogo Skyrim poderiam cobrar e ganhar dinheiro com seu trabalho, mas com um pequeno detalhe pertinente: 75% do lucro seria dividido entre a Steam e a Bethesda.
   A comunidade estava divida entre grande parte que incentivava o pagamento pelos mods e as que aboliam, pelo fato de que existem grupos muito empenhados na prática de criar esse conteúdo adicional para o jogo, mas também existem também aqueles que iriam criar qualquer coisa sem graça e cobrar o mesmo preço, deixando o conteúdo desatualizado e incompatível com o sistema de muitos gamers que iriam ficar furiosos com isso. Sendo assim, faria sentido os criadores receberem apenas parte da quantia arrecadada, mas não explica o fato de que a Bethesda (que iria receber 50% dessa parte) iria lucrar uma quantidade absurda de dinheiro apenas por ficar parada de braços cruzados.


   No entanto, para evitar mais discussões, a Steam tirou o sistema do ar hoje e anunciou que vão reembolsar junto com a fabricante do RPG todos aqueles que gastaram com mods nesse período de 4 dias. Não se sabe se essa ideia virá mais pra frente melhorada, mas é certo que comunidades feitas especificamente para o download de mods de jogos, como o Nexus, já vem incentivando doações para os melhores criadores faz anos, o que provou ser muito eficiente. Afinal, a prática de cobrança de mods incentiva ainda mais as empresas a lançarem milhares de DLCs que não adicionam nada interessante ao jogo e que custam caro. Se um conteúdo é para ser pago, ele deve merecer nosso dinheiro através de esforço e bom trabalho.

Compilado de melhores montagens do Coringa de Jared Leto

   Se você não vive em Marte, já deve ter visto o novo visual do Coringa que irá participar do filme do Esquadrão Suicida interpretado pelo ator Jared Leto, que gerou uma grande discussão na internet se ele ficou realmente bom, ou extremamente bizarro.
   Opiniões à parte, confira as melhores montagens que esse assunto criou:


Acho que nem Jack Nicholson gostou muito da brincadeira:
The zoeira never ends